Agora que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff será submetido a admissão e julgamento no Senado, o governo terá que, por meio da Advocacia-Geral da União, apresentar todas as provas possíveis para se defender contra o crime de responsabilidade fiscal pelo qual é acusado.
Para evitar que o governo chegue às mãos do vice-presidente Michel Temer, algumas saídas têm sido discutidas em Brasília, como o parlamentarismo ou uma chamada para novas eleições. As duas propostas exigem a retomada da pauta reforma política.
As chances de o processo ser barrado no Senado são pequenas. Primeiro, os parlamentares votam se aceitam ou não julgar o impeachment. Se for aprovado por maioria simples – do total de 81 senadores –, a presidente é afastada do governo por 180 dias. Nesse período, Temer (acusado por Dilma de conspirador) governa o país, tendo como vice-presidente o atual líder da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
Ao fim do processo, o impeachment da presidente é submetido à votação no plenário e, se aprovado por dois terços dos parlamentares, Dilma é definitivamente afastada. Caso contrário, se absolvida, retorna ao comando do país.
Para discutir a constitucionalidade de impeachment, parlamentarismo e novas eleições, o Brasilianas.org recebe o cientista político e professor da UFABC Vitor Marchetti, e o advogado e professor do Mestrado em Poder Legislativo da Câmara dos Deputados, Júlio de Souza Pinto.
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