Fundado em 1979, no centro histórico de Salvador, o Olodum está celebrando 45 anos. História, arte e cultura. Quarenta e cinco anos de música e luta pacífica pela afirmação da contribuição negra neste país.
Quarenta e cinco anos pela diversidade e democracia. Patrimônio imaterial da Bahia, o Olodum é uma das maiores expressões da música afro-brasileira.
Quando os tambores do Olodum ressoam no Pelourinho, o coração bate num outro compasso. Magia: passado e presente se fundem... Raízes, cultura, história... Luta. Uma vibração contagiante, energia, ganha às ruas da cidade velha de Salvador... Ganha o mundo! Encanamento puro!
Olodum é uma palavra da cultura Yoruba, veio do Vale do Rio Benin, veio da África. Atravessou o Atlântico. Tomou novas formas, gerou frutos em outras terras. No Candomblè, fruto desta terra nova, Olodum é o deus maior. Não é Orixá. É o criador do universo e dele é o senhor: Olodumarè! Olodumarè, meu pai!
O Olodum surgiu num bairro pobre, que hoje se chama Maciel-Pelourinho, na parte antiga de Salvador. Primeiro, como bloco para os negros apartados do convívio com a cidade, pudessem brincar o carnaval. Depois, tornou-se expressão cultural desta mesma cidade.
E o que nasceu como um bloco, também deu espaço à criação de uma ONG. O grupo promove atividades culturais e sociais, desenvolve ações afirmativas de inclusão, combate ao racismo, intolerância religiosa e valorização dos brasileiros de origens africanas.
Nesses 45 anos, a banda Olodum gravou 25 discos e CDs. E percorreu mais de 40 países. Inovou e transformou a música de raízes africanas, contribuiu para o surgimento de novos ritmos musicais. Apresentou ao mundo simbolismos, fantasia, música e dança. Por tudo isso e por tudo o que há de vir: Olodumarè! Viva!!!
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