O ex-comandante do Exército, General Marco Antônio Freire Gomes, prestou depoimento nesta sexta-feira (1º) na Polícia Federal. A convocação foi feita no âmbito do inquérito sobre a suspeita de uma tentativa de golpe de estado, que teria sido organizada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados próximos a ele.
Freire Gomes não é alvo do inquérito e prestou esse depoimento na condição de testemunha, porque foi citado na investigação que apura a suposta tentativa de golpe, mas pode passar a condição de investigado. A informação é a de que ele sabia da existência do plano de golpe, mas, como chefe do Exército, não fez nada para impedir.
Em dezembro de 2022, Freire Gomes teria participado de uma reunião com o então presidente Jair Bolsonaro e também com os comandantes da Marinha, Almir Garnier dos da Santos, e da Aeronáutica, Carlos Eduardo Baptista Júnior, quando teriam discutido detalhes da chamada minuta do golpe.
Também de acordo com a PF, Freire Gomes não concordou com o plano, mas não fez nada para impedir, e por isso ele estaria sendo acusado de omissão. Por conta disso, ele foi até chama do de “cagão”, pelo ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, Walter Braga Netto.
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