Mestre Vieira de Barcarena tem 75 anos e é responsável pela criação de uma genuína linhagem de guitarristas na Amazônia. Na década de 70, seu disco Lambadas das Quebradas solidificou o gênero conhecido como "guitarrada" e popularizado nos anos 80 sob o rótulo de lambada.
Sua originalidade musical está no aprimoramento de uma técnica única de execução para a guitarra elétrica: as guitarradas são composições instrumentais onde a guitarra solo faz o papel principal, embalada por ritmos como a cumbia, o merengue e o carimbó, entre outros.
Fortemente influenciado pelo choro, Vieira revelou-se virtuose ainda na infância. Iniciou-se no bandolim, passou ao banjo, ao cavaquinho, ao violão e a instrumentos de sopro, como o saxofone.
Inventivo, lançou mão de seus conhecimentos de radiotécnico para fabricar seus primeiros amplificadores caseiros. Mas a cidade ribeirinha de Barcarena não possuía luz elétrica na época. A solução de Vieira foi usar alto-falantes de rádios desmontados e baterias de caminhão.
A trajetória de Mestre Vieira põe em cheque opiniões mais convencionais sobre a impossibilidade de popularização da música instrumental no Brasil.
Direção e roteiro: Marcia Paraiso
Curadoria: Carla Joner
Direção de fotografia e câmera: Ralf Tambke
Imagens: Clóvis Ghiorzi
Som direto: Renato Calaça
Assistência de som: Ju Baratieri
Montagem: Nara Hailer, Glauco Broering
Arte: Felipe Facini
Produção de base: Flavio Rosa
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