O IBGE divulgou hoje uma pesquisa que revela o rendimento da população. Ela mostra que no geral a renda do brasileiro cresceu em 2023. Os moradores do norte e nordeste continuam recebendo menos que o resto do país, mas no ano passado foram os que mais aumentaram seus ganhos.
O estudo do IBGE aponta que, em 2023, quase 65% (64,9%) dos brasileiros possuía algum tipo de rendimento. Maior índice já registrado. Em 2022, a taxa chegava a 62,6% da população.
Houve aumento nos ganhos recebidos com salários e também com outras fontes de renda, como benefícios sociais, aluguel e bolsas de estudo. E isso em todas as regiões do país.
Mas a pesquisa revela também a insistente desigualdade brasileira. No ano passado, quase 58% (57,8%) dos moradores da região norte tinham alguma forma de renda.
No sul, o percentual era de quase 69% (68,8%) das pessoas. Em santa catarina, uma pessoa da faixa mais pobre recebeu, em média, 889 reais por mês em 2023. No maranhão e acre, 295 reais por mês. Apesar de ainda ganharem menos que o resto do brasil, nortistas e nordestinos das faixas de renda mais baixas foram os que mais aumentaram os ganhos nos últimos anos.
No norte, o rendimento médio mensal de uma pessoa pobre subiu de r$ 275 em 2019, primeiro ano do governo de jair bolsonaro, para r$ 398 em 2023, primeiro ano do governo Lula. Crescimento de quase 45% (44,7%).
No nordeste, o aumento foi de 32% no mesmo período. De acordo com o IBGE, o cenário mudou por conta do aumento do salário-mínimo, da melhoria do mercado de trabalho e de benefícios sociais. Em 2019, 14,3% dos lares brasileiros recebiam o bolsa família. Em 2023, o programa cresceu e chegou a 19% dos domicílios. Maior proporção já registrada no Brasil.
Do total de casas que recebem o bolsa família, mais de 35% (35,5%) estão no nordeste. Em segundo lugar vem o norte (31,7%).
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